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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Feminismo de cada dia

Quando eu ainda não estudava o feminismo eu era capaz de identificar atitudes machistas daquelas bem esculachadas mesmo, que quase soavam como piada, tamanho absurdo do dito ou feito perto de mim. Mas um dia, eu mulher, esposa e mãe fui sendo levada a estudar feminismo e agora F-E-R-R-O-U! 

Só que tem um machismo brutal, totalmente internalizado por anos e anos de formatação no sistema patriarcal em que vivemos, anos e anos de religiões vomitando verdades absurdas sobre nós mulheres e homens, anos e anos de artigos de revistas ditas femininas - ou masculinas - que chegam a ser uma piada de mal gosto, tamanha a quantidade de besteira estereotipante e desempoderante que é vendida mês a mês a um número bem significativo de pessoas.

Quando eu cheguei no meu atual nível de entendimento sobre feminismo, e ele é bem baixo, fica cada vez mais difícil ver um filme, ler um livro que não seja de época, entrar numa roda de conversa. Fica claro que estamos longe, mega longe da igualdade, mega longe do respeito às diferenças, mega longe do mundo solidário que, talvez, imaginamos um dia construir na juventude.

Confesso que estar dentro da forma era bem mais confortável. Era só seguir a manada, não pular fora da linha, não esbarrar no outro e diante de algo diferente daquilo que estava formatado para o meio onde eu estivesse vivendo era só me indignar - afinal, alguém que resolve voltar, ou sair para o lado causa uma grande comoção nos que ficaram - despejar minhas verdades e, claro, terminar com a frase enterra defunto "...eu sou muito certinha...". E se eu sou a certinha, quem é @ erradinh@? 

  Ainda bem que estou saindo da forma, valeu Ana Thomaz!






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